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sexta-feira, 20 de setembro de 2024

aflito olhar

 

Ali na funda noite

Ouve-se um grito

É teu  É meu? 

Não sei de quem será

Alarga no seu estrondo

É infinito

Pode ser o silêncio

O nunca dito

O que nunca alguém dirá.

Vertentes de mundos submersos

De densos nevoeiros que dispersos

Ainda ninguém viu

E se perdem em nós 

Que não nascemos

E nos procuram

Onde nunca os vemos

Perfurando o abismo

O insondável 

e estão naquele olhar de que perdemos

o eco vago do que conhecemos

Em bússola que gira e se dispersa

Desmagnetizada agulha

Que perversa

Nos perfura as réstias 

do aflito olhar.


Marília Gonçalves








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