Páginas

Páginas

Páginas

Páginas

domingo, 8 de setembro de 2024

Afastou-se a margem da memória

 

Afastou-se a margem da memória

o pó cobriu a estrada

no esconderijo da história

há dias feitos de nada.


Foi-se construindo o tempo

passou  não torna a ser

num torvelinho de vento

folha fui, voei sem querer.


Levou-me sopro potente

quase uma força animal

até ao sonho dormente

que não era natural.




Há nós olhos que nós fitam

espuma d’ódio de rancor

que as palavras acreditam

ser pranto, lágrimas, dor.


Atropelaste a paisagem

do pouco que me foi dado

minh’alma parte em viagem

não torna ao dia passado.


Feriste! Voluntariamente.

Sofro a inventar perdão.

Sabes nem sempre a semente

cresce em sua própria mão.

 

 

 

Sem comentários:

Enviar um comentário

O seu comentário espera moderação