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terça-feira, 10 de setembro de 2024

À voz da tua voz desconhecida

 

À voz da tua voz desconhecida

perdi-me pela cidade

cada rua uma avenida

cada subida vontade.


Ouvi o som que marinho

alongava meu olhar

ouvi-o ainda baixinho

nós meus olhos aumentar.


A cidade à luz erguida

movia-se crepitava

eu, prosseguia perdida

na tua voz viajava.


Vi praças e avenidas

largos jardins e pracetas

mantinham-se em luz escondida

minhas velhas tranças pretas.


Menina mulher ternura,

corro a cidade por ti

distância sonho lonjura

nem em pranto desisti.


Procurei a manhã clara

âmago da solidão

na ar acenava rara

a forma da tua mão.


Olhei à beira da estrada

mas só vi esperança passar

meu amor fiquei parada

a procurar teu olhar.


Cor da minha trança antiga

os teus olhos que persigo

desde o tempo de criança

pra só morrerem comigo.

 

 

Marilia  Gonçalves

 


 


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