Páginas

Páginas

Páginas

Páginas

sábado, 10 de agosto de 2024

Meu navio

Meu navio que sobre estanho

corta  a manhã por nascer

quando  o mar tem o tamanho

de  sonhos que estão por ser.

 

Meu navio de estranha forma

todo  em trapo colorido

teu  leme gira sem norma

buscando  e rumo e sentido.

 

Da ré à proa vai cheio

de  hera ,vinho, bacantes,

por  ter vindo donde veio

 entre mito,  navegantes.

 

Líquido rubi derrama

nas águas a sua cor.

No mar acende-se a chama

diluída  no sol-por.

 

prossegue  ao vento a viagem...

O navio segue veloz

a  procurar a coragem

talvez  de voltar a nós.

 

Vai largando em cada cais

Sinbades  da nova história

marinheiros  minerais

  esculpidos em memória

 

De pé, olho cada onda,

no  meu peito em sobressalto

forma-se  grande, redonda,

que  sinto em mim o mar-alto...

 

todo  em símbolos, magia

invade-me  o pensamento.

Navio da noite do dia

a  viajar-me por dentro.

 

   

 


 

 

Sem comentários:

Enviar um comentário

O seu comentário espera moderação