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domingo, 11 de agosto de 2024

mar da cor do fim do dia

 

No cais do sofrimento

a estrela d’alva

poisou no meu barco de papel

No século, milénio, se enleava

nos poros a sangrar da minha pele.


Vestiu-se o mar

da cor do fim do dia

a noite era mais noite 

que por fim

a estrela em vermelho diluía

cântico a nascer dentro de mim.


Marília Gonçalves 




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