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sexta-feira, 9 de agosto de 2024

Manhã estival; manhã de pescaria

 

Manhã estival; manhã de pescaria
O Rui e eu íamos a pé, carregados de material de pesca
passado o Cais Velho (Cais Neves Pires) a caminho do que hoje é o Porto de Faro, a meio caminho encontrava-se um arco, reminiscência de alguma antiga obra não acabada e decidimos experimentar ali, as águas dum braço lagunar que por ali se precipitava noutro mais além! Intrincado de braços da nossa Ilha Formosa com infindos sapais e bancos de areia. Por conseguinte, àquela hora, matutina, o Cais Novo ficava para depois.
Tirámos o diverso material das suas embalagens e respectivo cesto, armámos as canas e depois de iscar os anzois, canas à água. Por ali ficámos aguardando peixe que não parecia decidido a picar.
Paciência de pescador é assim mesmo.
Mas fomos surpreendidos por algo que em vez de vir da água nos chegava do céu azul, sem mácula Uma andorinha, em voo de travessia, acompanhava, oh que coisa de maravilhar, um pequeno periquito, decerto fugido de gaiola. A avezinha tinha um voar curto, o que para acompanhar a andorinha tornada o seu voo insuficiente. Mas a andorinha, também queria o seu companheiro! Em voo largo, fazia enorme círculo e voltava ao lado só periquito. Voltas e voltas repetiam-se com a andorinha procurando sempre o voo de seu amigo. Ignoro que história de amor as asas tão deferentes, escreviam riscando os céus!
Mas sei que passado um tempo regressávamos a casa bem impressionados, mas totalmente desinteressados em tal dia, pela pescaria 
 
Marília Gonçalves
 
 


 


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