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sábado, 17 de agosto de 2024

Celeiro de abundância vazio, à fome de alguém

 

Celeiro de abundância
vazio, à fome de alguém
bate-te à porta a infância
famélica ao pé da mãe.
Inútil pão doutro dia
nos olhos de ver morrer!
Quem pode ter alegria
por a semente prender?
Vendavais! Levem o muro
que prende o pão de amanhã.
Sementeira do futuro
a negar a vida vã.
Só quando livre a seara
crescer em pão mundial
a manhã será mais clara
nas margens do ideal.
Quando fluente o olhar
vier poisar de mansinho
na forma do verbo amar
pelas curvas do caminho
Nós então seremos povo
seremos gente a valer
semente do homem novo
que de nós há-de nascer.
 
 
Marilia Pimenta Gonçalves 
 
aqui em França, o amarelo é colza
 

 

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