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quinta-feira, 22 de agosto de 2024

A ESFERA

 

 A ESFERA

Levada na mão do vento Norte
entre estrelas altíssimas subiu.

Vejo-a brilhar agora na distancia
a esfera de luz não voltou mais
como não volta mais esfera de luz
suavemente
poisou-me  um dia na mão
tão brilhante transparente
ilusão...

Durante anos a esfera
iluminou-me olhos, a mão.
Nasciam versos dessa luz virente
sangue a fluir do coração.

Olhei-a na ternura de criança
a olhá-la cresci
fiz-me mulher.
Minha esfera d’esperança
não parava igualmente
de crescer.

Certo dia soprou o vento, forte
minha esfera de luz não resistiu
levada na mão do vento norte
entre estrelas altíssimas subiu.

Vejo-a brilhar ao longe na distancia
a esfera de luz não voltou mais
como não volta mais a minha infância
d’inocência, cantos naturais.
é um poema mais
ou é o grito!

Cada vez que lembro a esfera ausente
a acenar dos fins do infinito.


Marília Gonçalves

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