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quarta-feira, 7 de agosto de 2024

A Aveiras de Cima

 

A Aveiras de Cima



Num caminho de poeira

branco de sol e cavado

chuva de estação inteira

que outra estação semeava

a areia que se fora

longos sulcos prolongava.


Caminho da minha infância

passou e torna a passar

lavrando a mesma distância

que caminho veio sulcar.


Meu pinhal dali partia

cheio de verde e de sol

eu, na areia estendia 

voz de povo rouxinol.


Não rouxinol de garganta

mas que gravou no caminho

o pó dos versos que canta

mesmo se chora baixinho.



M.G.

 


 



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