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segunda-feira, 15 de julho de 2024

Recorda o menino que dizia A Praça, a Praça é do povo como o céu é do condor. CASTRO ALVES

 

A Praça, a Praça é do povo

como o céu é do condor.

CASTRO ALVES



Vem desce à rua

poeta meu irmão!

No mundo a plebe

continua

nua vem

traz- lhe o teu poema-coração.

Lembra Castro Alves

verdadeiro!

Voz dorida, sincera.

Ele foi o primeiro!

Nós continuação

do que ele era!

São precisos versos d’emoção!

Versos pra despertar

a letargia de cada coração

vem prá rua cantar!

Recorda o menino que dizia

que a Praça era do Povo!

Tal como nesse dia

acordemos à voz da poesia

a Esperança, o Mundo Novo!

A nossa voz, irmãos de poesia

será circulação universal!

Românticos poetas, cada dia

terá de ser, semente triunfal!

Há senhores, escravatura

hoje diferente, agrilhoando a voz

o pensamento! A nossa gente!

Castro Alves virá à nossa frente

mostrar-nos a luta do presente!

Vem desce à rua

de braço dado não temos medo

o sol ilumina-nos o dia

nos confins do degredo!

Escuta a voz

do poeta que em mim fala

espelho da tua voz!

Não é poeta aquele que se cala

poetas somos nós

que iremos avançando...

abrindo a noite

incendiá-la em luz!

Vencendo a lama atroz

que o mundo exala.

Para abrir céus azuis.

Vem! Vamos despertar a humanidade

em cada ser humano!

Atravessemos os campos a cidade

dia a dia, ano a ano!

Então nosso cantar terá sentido

Castro Alves condor

trás em versos o povo reerguido

saiamos do torpor.

Poetas:

nossos versos o poema

tem seiva de vida secular

vamos quebrar aos povos a algema

que agrilhoa o pensar.

É chegado o tempo de outra luta

elevemos a Esperança

à certeza final que nos escuta

como atenta criança.

Unidos braço a braço forte voz

faremos ecoar no infinito:

findou o reino do algoz

só ele é o proscrito!

Vamos abrir os cofres onde pão

sem serventia não tem outro valor.

Que repartido dê a cada irmão

a Dignidade, semente do Amor!

Voltemos a dar à poesia

a força da voz dos oprimidos!

Poetas saiamos para o dia

não queremos sofrimento nem gemidos!

Esse mundo fraterno que Jesus

ao mundo prometeu

será de Paz compreensão e luz

entre crente e ateu.

A poesia tem o dedo apontado

contra o usurpador.

Não queremos nunca mais o pão fechado

não queremos ver mais dor.

Poetas!

Castro Alves está presente!

Vamos seguir-lhe o passo!

Nunca mais nos morra friamente

um irmão de fome, de cansaço.

É urgente mostrar à Juventude

a beleza do Mundo!

Acabando de vez com a torpitude

nós trazemos do fundo

humanos fraternos sentimentos

para cada criança!

o mundo pacifico criemos

fraterna luz de Esperança!

Então voltará a alegria

e o terceiro milénio

será enfim

o Mundo da harmonia

em nova transfusão de oxigénio!

Respiremos de paz!

Consciência justa

nada tem a temer

venha do mundo inteiro

a voz que faz

a nossa voz romper!

Do Grito Solidário e Futurista

o Mundo Vai Nascer.


Marília Gonçalves.




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