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sábado, 20 de julho de 2024

Poema a Maria À mãe de meu pai, minha lembrada avó

 

 

Poema a Maria
À mãe de meu pai, minha lembrada avó
 
Quanto muro quanta casa que paredes
lavaste com teus olhos fontes rios
quanto chão regaste com as sedes
que te levam mundo fora, além navios.
 
quantas urnas de sal perdido sol
caiaste com teu leite
quanto silêncio se fez no rouxinol
do flamenco aceso no teu peito?
 
Que trilhos, que caminhos percorreste
no obscuro tempo verdes anos
 
que em alva cabeleira converteste
e não lhe chamem erros, desenganos
porque hora a hora mulher em ti crescente
livre do sono dos ancestrais decanos.
 
Marilia Gonçalves
 

                               BARROCAL ALGARVIO

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