à minha mãe, para lhe embalar a noite
Sentada à janela
dos dias vazios
olhava uma estrela
presa a quatro fios.
Às pontas que tinha
e sete contei
ninguém adivinha
quantas voltas dei.
Foram cinco ou sete
ou duas ou três
ninguém mais repete
o que ali se fez .
A estrela girava
em volta de mim
enquanto eu olhava
as voltas sem fim.
Oh minha estrelinha
no céu pendurada
oh estrela marinha
de pele encarnada
sentada à janela
olho para ti
e se és amarela
vermelha te vi.

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