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quarta-feira, 22 de maio de 2024

Negro bailado de Marilia Gonçalves

 

Negro bailado no país da era

onde fogo palpita voador

escultor do fim da Primavera

vinho rubro em corpo sem amor.

Lesto  negro eleva-se no trilho

de instante perene ou irreal

dedos vermelhos entrelaçam brilho

distanciar o vento sem igual.

 

De ilha abandonada, o apelo o mistério

folha que história abandonou

crepitar de som fulvo e etéreo

nevoeiro que a hora transformou.

 

Memória do olhar, a ansiedade

a bailar negro, estático parou.

Ouve-se ao longe uivar a tempestade...

mas foi dentro de nós que ela ecoou!

 

Marilia Gonçalves 

 


 

 


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