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quarta-feira, 15 de maio de 2024

Aveiras de Cima Poema de Marilia Gonçalves.

 

Aveiras de Cima

São campos verdes, doirados
são pinhais e são vinhedos
são mãos de calos gretados
memória dos meus segredos.

A burra preta, a Carocha
paciente passeava
pela estrada, pela encosta
tudo o que em mim s’espantava.

O velho forno do pão
em dia de cozedura
no gesta daquela mão
que fazia pão ternura.

Casais, eu nunca m’esqueço
do que por ti aprendi
valor de tão alto preço
que à distância me sorri.

Na menina que em mim chora
há o momento que canta
o tempo que foi embora
e que me espanta, me espanta!

Marilia Gonçalves.




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