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quinta-feira, 23 de maio de 2024

AOS CAMARADAS FAMILIARES HUMANISTAS

 

Ó corações eternos da manhã 

do crepúsculo

Ó amantes da vida

que a morte nos levou

onde estão os sorrisos

que sol iluminaram

onde está vossa voz

o eco necessário?

Onde está vossa força

essa ribeira mansa

a fluir, a cantar,

da fonte da esperança?

Onde está vosso gesto

que por leve se impunha

essa voz de protesto

o verbo que liberto

nosso olhar impelia.

Ó corações eternos

há no pó dos caminhos

o sangue que deu vida 

e a vida alimenta.

A poeira não esquece

a índole da terra

nasceu do trigo puro

que vós fostes um dia

.





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