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sábado, 25 de maio de 2024

A ESFERA

        A ESFERA

Ao pé de mim sorria altisonanté

Foi a luz no meu olhar infante

Levada na mão do vento Norte

entre estrelas altíssimas subiu.


Vejo-a brilhar agora na distância

esfera de luz não volta mais

branda candura 

suavemente

poisou um dia na mão

tão brilhante transparente

ilusão...


Durante anos a esfera

iluminou-me olhos, a mão.

Nasciam versos dessa luz virente

sangue a fluir do coração.


Olhei-a na ternura de criança

A olhá-la cresci

fiz-me mulher.

Minha esfera d’esperança

não parava igualmente

de crescer.


Certo dia soprou o vento, forte

minha esfera de luz não resistiu

levada na mão do vento norte 

entre estrelas altíssimas subiu.


Vejo-a brilhar ao longe na distancia

a esfera de luz não voltou mais

como não volta mais a minha infância

d’inocência, cantos naturais.

é um poema mais

 ou é o grito!


Cada vez que lembro a esfera ausente

a acenar dos fins do infinito.

 

 


 

 

 



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