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quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

vulto imenso

 

  Febre 


Quando a noite abisma meus sentidos

Levando-os além frestas de luar

O grito que se funde no silêncio

É urdido em sal  estrelas   mar

Atravesso desertos insuspeitos

Onde pairam asas por voar

troncos retorcidos e desfeitos

Lembram densos silvos de abafar

Trepida então a noite mais sombria

Adensam-se sombras e pavor

A noite ardente, de repente fria

Não tem ecos de amor


Incerta solidão invade o espaço

Saturada das vozes do silêncio

O ar é escuro e baço

o deserto e tudo quanto penso

Vai tendo a forma desse vulto imenso


Marília Gonçalves

 

( no hospital,,com a morte à espreita, foi por pouco,

 muito pouco,nenhum médico acreditava que pudesse

 salvar-me, a família foi chamada de urgência à minha

 cabeceira, para a despedida, minha filha mais nova, 

soluçava e contou-me depois, que nesse momento,

 pensava: ainda bem que a mãe, não percebe

 que vai partir, mas d’entre as minhas dores,

 erguia-se o meu sorriso de ternura, o último grito 

de amor que lhes queria deixar, mas... 

estava a perceber tudo e bati-me pela vida 

a ajudar médicos e enfermeiras. 

Extraordinário pessoal clínico! ) 

e ainda aqui estou e a Vida é linda!!!

  Marília  




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