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quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

Violoncelos a arder

 

Violoncelos a arder

uma noite me chama

Harpa de luz

flor de vento

traz meus versos a doer

taça azul da minha febre

meu continente aquático

se o poema sente sede

é que o poeta derrama

o sangue a seiva a escorrer

de cada verso saído

na palavra por vencer

dentro e fora do ouvido.

 

 

 

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