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domingo, 21 de janeiro de 2024

poema Para ser.

 Emudeciam palavras

Abstractas vozes

Nasciam no cerne do poema

O bardo despia o lume do fonema

A voz tornada silêncio

Esculpia horas

No azul esvoaçante da noite.

Pão inventado

No tremor da hora

A circular constante

A música do tempo

Que a seiva transportava

Iluminava o dorso

Das palavras

Flautas aéreas

Entre mãos de vento

Tinham aquáticos sorrisos

Indefinida forma

Matiz do dia

Hirsuto som

Tormenta

Dilacerava a pele

 

Marília Gonçalves


 

 


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