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quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

oceano

 

Sei o que sente o mar

quando adormece

depois de fúria constante

sei-o porque me parece

ser eu o mar neste instante.

 

Também temporal bravio

arremessei contra as fragas

minh’alma a tremer de frio

incompreensão das vagas.

 

Sei-o porque adormeci

depois da árdua batalha.

Nunca, nunca vi

o sol que pelo ar espalha

essa vibrante vontade

inebriante desejo.

Dorme em mim a ansiedade

oceano а beira Tejo.

 

Marília Gonçalves

 


  

 

 

 

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