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sábado, 20 de janeiro de 2024

Ânfora d’oiro

 

Quem levou de mim

Quem levou de mim
Ânfora d’oiro
Teus sonhos de antemanhã
Se esquife fenício ou moiro
Sepultou como tesoiro
A esperança temporã .

Altera antiga cadência
Perverte o olhar do tempo
Vai ao âmago da essência
Da sementeira do vento.

Quando nada mais te resta
Além da fímbria do dia
Devora e palcos e festa
E tristeza e alegria

Morde a vida com os olhos
A espelhar tanto caminho
Como colheita de abrolhos
Na tua cama de arminho.

Marilia  Gonçalves





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