Deram-me cavalo alado Mas de mito nada tinha Era cavalo anafado Ora voava ou corria. Vivia sob uma árvore Que dos mil frutos que havia Escolhia sempre o mais belo No brilho que o coloria.
Quando alta noite se ouvia Murmurar o tredo mar A espuma que então se via Espelhava tons de luar E o cavalo corria Entrava em voo no mar. Quando saía das vagas Olhar a esplender de fogo Trazia sobre as ilhargas Versos sacados ao lodo.
Voltava ao sopé da árvore E olhando os belos frutos Nos versos a revoar Despindo os versos do luto Lançava a espuma do mar .
Mas o cavalo sabia A tarefa por cumprir Ir espalhar em todo o Mundo Os frutos a colorir. E suas asas de noite Agora cor do luar Estrondeavam como açoite Cada tom a matizar.
Ergueu voo sobre o Mundo Das brancas asas abertas Deixou cair ao mais fundo Palavras sobre os Poetas.
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