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terça-feira, 19 de dezembro de 2023

Quando alta noite se ouvia

 

  • Deram-me cavalo alado
    Mas de mito nada tinha
    Era cavalo anafado
    Ora voava ou corria.
    Vivia sob uma árvore
    Que dos mil frutos que havia
    Escolhia sempre o mais belo
    No brilho que o coloria.

    Quando alta noite se ouvia
    Murmurar o tredo mar
    A espuma que então se via
    Espelhava tons de luar
    E o cavalo corria
    Entrava em voo no mar.
    Quando saía das vagas
    Olhar a esplender de fogo
    Trazia sobre as ilhargas
    Versos sacados ao lodo.

    Voltava ao sopé da árvore
    E olhando os belos frutos
    Nos versos a revoar
    Despindo os versos do luto
    Lançava a espuma do mar
    .

    Mas o cavalo sabia
    A tarefa por cumprir
    Ir espalhar em todo o Mundo
    Os frutos a colorir.
    E suas asas de noite
    Agora cor do luar
    Estrondeavam como açoite
    Cada tom a matizar.

    Ergueu voo sobre o Mundo
    Das brancas asas abertas
    Deixou cair ao mais fundo
    Palavras sobre os Poetas.

    Marilia Gonçalves
     
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    Orlando Adrião
    Lindo poema amiga. As tuas belas palavras, encantadoras. Parabéns amiga noite feliz beijinhos.




    Ricardo Vitaliano Pereira
    Bom dia amiga. Gosto vou partilhar.

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