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quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

Museu do Aljube Resistência e Liberdade

 

Museu do Aljube Resistência e Liberdade

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#Nestedia 21 de dezembro de 1946, a aldeia de Cambedo da Raia,
 no concelho de Chaves, foi alvo de uma sangrenta e ignominiosa 
ação conjunta da Guardia Civil espanhola, Exército português, 
GNR e PIDE. Assaltos e incidentes decorridos meses antes,
 atribuídos a supostos guerrilheiros galegos, foram o pretexto. 
Encostado à Galiza, Cambedo servia de apoio a vários
 refugiados e guerrilheiros galegos que se opunham às
 forças franquistas e procuravam escapar aos fuzilamentos,
 ao terror e à repressão. No entanto, muitos deles eram
 descritos pelas autoridades simplesmente como malfeitores, 
criminosos ou contrabandistas.
A «Guerra do Cambedo», em que habitações são destruídas,
 pessoas feridas e dois guerrilheiros mortos, foi encoberta
 pela censura e diluída numa narrativa que apresentava os
 acontecimentos que a espoletaram como meros episódios
 de banditismo, sendo os resistentes galegos invariavelmente
 descritos como «bandoleiros».
Depois do fogo, seguiu-se a repressão policial. 
A GNR e a PIDE farão dezenas de detenções na região, 
prendendo famílias inteiras, acusadas de acolher 
«bandos de malfeitores».
Naquele dia 21 de dezembro de 1946 estavam refugiados
 em Cambedo três guerrilheiros galegos: 
Demetrio García Alvarez, Juan Salgado Ribero 
e Bernardino Garcia y Garcia.
Bernardino e Demetrio estavam na casa da irmã e do cunhado
 deste. Com o início do fogo procuram fugir da aldeia,
 mas acabam por abrigar-se numa casa vizinha onde
 são intercetados pela GNR. Seguir-se-á um tiroteio 
em que são mortos dois soldados da GNR, 
José Joaquim e José Teixeira Nunes e, depois, o bombardeamento da referida casa pelo Batalhão de Caçadora n.º 10 de Chaves. 
Demetrio rendeu-se e Bernardino foi encontrado morto,
 tudo indicando que se tenha suicidado com um tiro
 na cabeça, aos 36 anos. O outro guerrilheiro, 
Juan Salgado Ribero (ou Rivera) numa tentativa frustrada de fuga em direção à sua terra natal, acabará por ser morto pela GNR. 
Teria, consoante as versões, 25 ou 35 anos.
Os cadáveres dos dois guerrilheiros foram 
publicamente expostos no cemitério de Chaves.

 

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