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quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

De TERESA VELUDO : POEMA No ventre do silêncio

 

No ventre do silêncio 
 
 
No ventre do silêncio
onde as horas germinam,
os dias alongam-se,
crescem em palavras
insubmissas,
gêmeas de flores e espinhos.
No ventre do silêncio
uma flauta mágica
toca acordes do sem fim,
rasga todas as mordaças,
morde os lábios carmins,
choro, riso, voz de querubim.
No ventre do silêncio
há um mundo inteiro
que se desnuda no espelho,
deserto, oásis, mar azul
por vezes oceano vermelho.
No ventre do silêncio
quero encontrar-me a mim.
 
Teresa Veludo 
 
 
O Meu Rio sem Margens
(Direitos reservados)
Almada Negreiros
 

 

 

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