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A noite do trigo
A noite do trigo
a fome do pão
cada puto antigo
a beber o chão.
Mordem searas
os sóis vagabundos
nestas pedras raras
que não parem mundos.
Espadas de neve
tornem minha mão
cornetim do ódio
desta negação.
Marilia Gonçalves
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