Páginas

Páginas

Páginas

Páginas

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Acordai

ontem sobre o meu quintal


Acordai




Nos meus versos grito alerta
para ver se acordo o povo
mas não são a minha meta
minha esperança é um mundo novo.

Os meus versos são um grito
que me sai do coração
porque eu creio, eu acredito
nos que nos fazem o grão.

Ó Portugal minha gente
és minha oração de fé
seguirei contigo em frente
se morrer morro de pé.

Nós não queremos a vida
para ver cair os mais
a vida não é vencida
os povos são imortais.

Marília Gonçalves

Clareia em Portugal, longe daqui e de Abril



Clareia em Portugal, longe daqui e de Abril

Sede de vida
Fome tanta
Apetecida
Luz que espanta

É hora de partida
Ainda outra vez
O travo é tão azedo
Que parto ao fim do dia
E é tão cedo.

Meu país d’infância e alegria
Porquê este degredo?


                   Marília Gonçalves

domingo, 25 de Novembro de 2001
8:51:42  hora francesa


na contradição suprema de funesto aniversário, em Portugal amanhece esse sol por que clamo e me falta

domingo, 22 de julho de 2012

Lágrimas- poema







   Lágrimas

Há um grito sem fim
 que me sufoca
preso ao mais fundo
que existe em mim
com largas folhas de nenúfar
no lago onde o  olhar é o jardim
    

volitam asas brancas desse sal
esculpido pelo tempo
presas a cada movimento
das agruras do vento.
Plumas de gelo e neve
Azuis tão brancas
Tão de leve
Que lembram faluas
Que voejam
Num voo breve.

Marília Gonçalves 
Julho de 2012 


(onde se inscreve e sobrepõe a morte do meu filho recém-nascido, em que por vinte minutos, abriu e fechou a boca, num esforço de sofrimento, para respirar sem que o conseguisse. Eu, a mãe, assisti aterrorizada e impotente a essa terrível morte  nos meus 20 anos e catorze dias,tão sofridos!

Marília Gonçalves