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quinta-feira, 31 de maio de 2012

poema :Ninguém!

 




Ninguém!


Ninguém!
Ao grito que liberto
Dos abissos de mim
Nenhum braço responde
Como quando menina
Estremecia na noite
Estende-se a solidão
Como universo que crescendo
Não trava na expansão!
Estou só
O grito que não solto
Porque inútil
Ofende-me a garganta
Minhas cordas vocais que se distendem
Esqueceram seu vibrar
E eu
Oh dor, imensa dor
Cm tanta vontade de gritar!

Marília Gonçalves

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