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terça-feira, 10 de abril de 2012

Nadas





Quanto fenece em mim
Se estiola    cai
 me faz esquecer o tempo ido
a floresta a arder que se evapora
Pra não tornar ao verde apetecido
Assim eu vejo os dias um a um
Levarem no seu bojo acumulados
resíduos de sonhos
 partículas de quanto não vivi
E se perdeu
E ao olhar o todo que se esvai
Pergunto-me se por dentro
Não vou eu.

Marília  Gonçalves




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