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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Aos Companheiros de Caminhada

FLOR NO DESERTO- nem menos flor por isso



Os povos acabam sempre por despertar
Embalam-se muitas ilusões no espírito popular, muitos, pensam que enriquecem... é falso! não vão enriquecer, mais depressa veremos o contrário, pequenas empresas falirem, porque hoje imperam os grupos, os grandes grupos da alta finança, mesmo as pequenas empresas, só prosperarão enquanto os maiores, o consentirem, e se o consentem é simplesmente enquanto isso os serve de alguma forma, mas assim que sentem ou presentem a mais leve concorrência, já o outro se encontra em plena tempestade e a naufragar, sem salvação possível
Mas para que todos ( a maior parte de quem vota) percebam isso, há um caminho de agruras a percorrer
é o que está a acontecer presentemente, por isso atravessamos o deserto
mas com a certeza de que os que hoje, encontramos no caminho, tal como nós, incansáveis, tentam trazer a eles e com eles a luz forte do dia!
mas para que possamos avançar não podemos propagar o desalento, mesmo se por vezes nos habita
escolhemos um caminho, porque 
não sabemos e nem sequer  queremos ir por outro....
este caminho leva à Fraternidade, mas é por vezes rude,muitas vezes encontramos por ele fora, motivos de desespero, mas o desespero que se propaga, fecha caminhos...espalhemos pois, a Esperança e ergamos no escuro novo nossa voz!
e porque acreditamos prosseguimos!...
é difícil, mas é a escolha que fizemos por razão e sentimentos, nada nos pode demover!
abraço fraterno
com e por Abril


Marília Gonçalves

Dormência?





        












Despedida

Dor não é, porque a revolta
é inútil neste caso
quando se nos fecha a porta
à promessa que é o passo
de nada serve que doa
só o espanto nos habita
tão distante que esboroa
cada pensar que palpita.
Tudo se reduz a nada
só a cor mantém o tom
da promessa condensada
na estridência que há no som.
Espanto nas mãos e no gesto
espanto da voz que não diz
senão o leve protesto
de quadro riscado a giz.
Aceitação conformismo
derradeira negação
do semeado optimismo...

Outono a cobrir o chão.

Marília Gonçalves