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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

de Carlos Domingos

Olá amigos!
Aqui vão 2 sonetos. O segundo é o mais antigo, mas não é por acaso que eu o coloco no fim.
Qual é o problema?
Gostaria que respondessem à seguinte questão: - Se tivessem de escolher um deles, qual dos dois seria o vosso preferido? (Não se trata da forma, mas sim dos conteúdos dos mesmos).
A resposta a esta questão é importante para mim. Por favor enviem-ma num "re-play" .
Com um grande abraço, aí vão as "feras".

1º-
                                                 A MURALHA

                          Ante aquela alvorada de utopia
                          que buscámos na vida em sobressalto
                          ergue-se agora um muro de basalto
                          duro demais para a nossa rebeldia.

                          Cansados da peleja, dia a dia
                          em planícies, montanhas ou mar alto,
                          sucumbimos, vergados, sobre o asfalto
                          da tão comprida estrada que nos guia.

                          Esta muralha esmaga a confiança,
                          aprisiona o sonho, a nossa vida
                          e o nosso suspirar pelo futuro.

                          É preciso de novo hastear a esperança
                          que nos foi sempre apoio na corrida.
                          Venham daí! Vamos saltar o muro.


2º-
        O REGRESSO DO MOSTRENGO
  
                                  O mostrengo que está no fim do mar
                                     Na noite de breu ergueu-se a voar.

                                              FERNANDO PESSOA,  Mensagem


O mostrengo não está no fim do mar.
Ocupa as ruas, bate à nossa porta,
vomita chamas na cidade morta,
escreve garatujas no luar.


Ei-lo que espreita em cada patamar
pronto a saltar-nos à garganta. Importa
lançar brados de alerta à malta absorta
que se deixou nos ventos embalar.


De pé! O monstro volta! Unir fileiras!
Deixemos as diferenças das bandeiras:
É preciso avançar em marcha unida.


A nossa força é sermos um só povo
e uma só terra a defender de novo.
A morte do mostrengo é a nossa vida!


                                          Carlos Domingos         

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