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sábado, 5 de fevereiro de 2011

Na minha alma de menina


Na minha  alma de menina

nesta essência minha

que me faz quem sou

vive a mesma força

que nos vinte anos

meu ser meditou.


Nada transfigura

nem tempo nem vento

meu velho sentir

ser da terra inteira

livre sementeira

de luz a abrir.


Passaram os anos

tantos desenganos

passaram por mim

mas meus olhos d’água

ergueram da mágoa

mil sonhos de brim.


Marilia Gonçalves






 






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