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segunda-feira, 17 de maio de 2010

Irrealizável








Ao Pedro, meu filho,e se a saudade aperta!
( quando a vida ditada de há muito
manda mais que nós, enquanto vampiros
negam ao povo tudo o que lhe roubam)
Mãe



Portugal vem-me buscar

meu país, meu bem meu deus;

estende teus braços de mar

e leva-me a navegar

de volta aos caminhos teus!

Portugal vem à procura

de tua filha distante

vê que me afundo em ternura

e de toda esta lonjura

não há quem me desencante.

Portugal olha por mim...

Estou pr’além dos Pirenéus

minha dor não chega ao fim

e se pra tão longe vim

foi por desgraça dos meus!

Portugal vem-me buscar!

Meu país e meu amor

olha meus braços abertos

onde só cabem desertos

cheinhos da minha dor.












o horror do nosso silêncio


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