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quarta-feira, 5 de maio de 2010

Exercício físico na adolescência pode reduzir efeito do gene da obesidade

Exercício físico na adolescência

pode reduzir efeito do gene da obesidade

2010-05-04

Jonatan   Ruiz é investigador do Instituto Karolinska, em Estocolmo (Suécia)
Jonatan Ruiz é investigador do Instituto Karolinska, em Estocolmo (Suécia)
Um novo estudo publicado na revista "Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine" mostra que um estilo de vida fisicamente activo durante a adolescência pode reduzir o efeito de mutação no gene FTO, o principal aliado da obesidade.

“Cada cópia da mutação deste gene está associada a um aumento de 1,5 quilos, o que significa que pessoas que tenham duas cópias podem pesar mais três quilos do que aquelas que não têm nenhuma”, explica Jonatan Ruiz, líder do estudo.

Segundo este especialista, embora a mutação genética esteja vinculada a um maior índice de massa corporal (IMC), gordura e circunferência da cintura, o seu efeito praticamente desaparece entre os adolescentes que realizam a quantidade de actividade física recomendada por dia, o que pode ser um bom indicador para contrariar a predisposição genética de muitas pessoas para se tornarem obesas ou terem excesso de peso.

O investigador salienta também que este estudo pode alterar “a crença generalizada e o medo de que a genética determina o risco de se desenvolverem doenças que não podem ser prevenidas”, visto que este trabalho demonstra que a modificação do estilo de vida pode anular o efeito negativo de algumas mutações genéticas para a saúde.

"Para os jovens, uma hora de desporto por dia é suficiente para reduzir o risco potencial desta mutação genética", acrescenta Jonatan Ruiz, que alerta também para o facto de quase 60 por cento dos adolescentes europeus não cumprirem estas recomendações.

47% dos adolescentes europeus analisados tinham uma cópia   do gene FTO, enquanto 16% tinham duas
47% dos adolescentes europeus analisados tinham uma cópia do gene FTO, enquanto 16% tinham duas
Esta investigação, que consta entre os cinco finalistas para o Prémio de Excelência Científica, organizado pela Associação Internacional para o Estudo da Obesidade (IASO), foi baseada em dados recolhidos no estudo europeu HELENA, liderado pela Universidade de Saragoça (Espanha), que analisa o efeito do gene FTO no peso e gordura corporal em adolescentes de nove países europeus.

De acordo com os resultados publicados, na Europa, 37 por cento dos adolescentes avaliados não têm nenhuma cópia da mutação, 47 por cento tinham uma cópia e 16 por cento tinham duas.

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