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terça-feira, 2 de março de 2010


A pátria é nos lugares onde a alma está acorrentada.
Voltaire

                                                                              
Penso como se não fosse poesia
Monólogo interior
de ritmo   de imagens
alquimia de dor e alegria
a inventar viagens

Na cor do devaneio
Levanto alicerces aéreos
raízes desordenadas
com olhar todo cheio
da recusa
dessa dor que rejeito.

E vou parindo versos
Como filhos
Uivo em fundo d’esperança
A abrir universos pelos trilhos
prolíferas crianças.


Marília Gonçalves




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Sigo no rumo dos dias
vou atrás de cada som
a desfazer poesias
a crer ainda o homem bom.

Minha voz volta ao caminho
sem saber porque o deixou
se voltou à poucochinho
na forma que sempre sou.

Tudo o que vem e me envolve
me molda idêntica a mim
se problema dissolve
ou se não lhe vejo o fim
o mesmo credo infantil
a mesma esperança persiste
como se parir Abril
fosse povo que resiste.

Porém na sombra ficou
o silêncio dos incautos
alheios ao que não dou
às vozes de seus arautos.

Mas se na luz me procuro
revejo a mesma vontade
de acreditar no futuro
mesmo a murmurar saudade.

  Marília Gonçalves

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