Páginas

Páginas

Páginas

Páginas

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Mais um desassombrado texto de Mário Crespo!
















Mais um desassombrado texto de Mário Crespo!






Os bons e os maus
10h29m

Já há mais jornalistas a contas com a justiça por causa do Freeport do que houve acusados por causa da queda da ponte de Entre-os-Rios. Isto diz muito sobre a escala de valores de quem nos governa.


Chegar aos 35 anos do 25 de Abril com nove jornalistas processados por notícias ou comentários com que o Chefe do Governo não concorda é um péssimo sinal. O Primeiro-ministro chegou ao absurdo de tentar processar um operador de câmara mostrando que, mais do que tudo, o objectivo deste frenesim litigante é intimidar todos os que trabalham na comunicação social independentemente das suas funções, para que não toquem na matéria proibida. Mas pode haver indícios ainda piores. Se os processos contra jornalistas avançarem mais depressa do que as investigações do Freeport, a mensagem será muito clara. O Estado dá o sinal de que a suspeita de haver membros de um governo passíveis de serem corrompidos tem menos importância do que questões de forma referentes a notícias sobre graves indícios de corrupção. Se isso acontecer é a prova de que o Estado, através do governo, foi capturado por uma filosofia ditatorial com métodos de condicionamento da opinião pública mais eficazes do que a censura no Estado Novo porque actua sob um disfarce de respeito pelas liberdades essenciais. Não havendo legislação censória está a tentar estabelecer-se uma clara distinção entre "bons" e "maus" órgãos de informação com advertências de que os "maus" serão punidos com inclemência. O Primeiro-ministro, nas declarações que transmitiu na TV do Estado, fez isso clara e repetidamente. Pródigo em elogios ad hominem a quem não o critica, crucifica quem transmite notícias que lhe são adversas. Estabeleceu, por exemplo, a diferença entre "bons jornalistas", os que ignoram o Freeport, e os "maus jornalistas" ou mesmo apenas só "os maus", os que o têm noticiado. Porque esses "maus" não são sequer jornalistas disse, quando num exercício de absurdo negou ter processado jornalistas e estar a litigar apenas contra os obreiros dos produtos informativos "travestidos" que o estavam a difamar. E foi num crescendo ameaçador que, na TV do Estado, o Chefe do Governo admoestou urbi et orbi que, por mais gritantes que sejam as dúvidas que persistem, colocar-lhe questões sobre o Freeport é "insultuoso", rematando com um ameaçador "Não é assim que me vencem". Portanto, não estamos face a um processo de apuramento de verdade. Estamos face a um combate entre noticiadores e noticiado, com o noticiado arvorando as armas e o poder que julga ter, a vaticinar uma derrota humilhante e sofrida aos noticiadores. Há um elemento que equivale a uma admissão de culpa do Primeiro-Ministro nas tentativas manipulatórias e de condicionamento brutal da opinião pública: a saída extemporânea de Fernanda Câncio de um painel fixo de debate na TVI sobre a actualidade nacional onde o Freeport tem sido discutido com saudável desassombro, apregoa a intolerância ao contraditório.


Assim, com uma intensa e pouco frequente combinação de arrogância, inabilidade e impreparação, com uma chuva de processos, o Primeiro Ministro do décimo sétimo governo constitucional fica indelevelmente colado à imagem da censura em Portugal, 35 anos depois de ela ter sido abolida no 25 de Abril.



Mário Crespo
************************************************************************************ ************************************************************************************* ************************************************************************************* ************************************************************************************



















Palmela Cidade Abril
Sociedade Filarmónica Humanitária
apresenta
I CICLO DE MÚSICA DE CÂMARA DE PALMELA 23 de Maio 2009 - 22 horas Conservatório Regional de Palmela Ensemble CamerArte 30 de Maio 2009 - 22 horas Escola Superior de Música de Lisboa *** ENTRADA LIVRE *** Agradecemos a atenção dispensada na leitura desta mensagem de correio-electrónico. A presente e-newsletter destina-se à promoção dos bens e serviços publicitados. De acordo com a legislação em vigor inclui meios automatizados para o receptor impedir o envio de mensagens. ---

Poetas del Mundo em notícia


Luis Arias Manzo Presidente de Poetas del Mundo


Poetas del Mundo em notícia


a SALVADOR ALLENDE. Par Athanase Vantchev de Thracy*
FRANCE: Salvador Allende [26 juin 1908 - 11 septembre 1973] a été président du Chili du 3 novembre 1970 au 11 septembre 1973. Il n'a pas pu terminer son mandat présidentiel, qui devait durer jusqu'en 1976. Le coup d'État du 11 septembre 1973 renversa son gouvernement et mit en place une dictature militaire. Le défenseur des opprimés et des abandonnés, le Fils glorieux du Chili, se vit obligé de se suicider durant les bombardements aériens sur le palais de la Moneda.

SALVADOR ALLENDE

« Stabant justi in magna constantia adversus eos
qui se angustiaverunt, et qui abstulerunt labores eorum »

[« Les justes s’élèveront avec une grande force contre ceux
qui les auront accablés d’afflictions,
et qui leur auront ravi les fruits de leurs travaux »]


Messe pour un martyr

I.

Oui, Salvador,

Les peuples ont soif flamboyante de justice
Pareils en cela aux herbes du désert
Qui réclament le poème divin de la pluie.


(continua)

video O Ultimo Discurso de Allende

video 1 As Últimas Horas de Savador Allende

video 2 As Últimas Horas de Salvador Allende