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quarta-feira, 8 de julho de 2009


É preciso não deixar que o passado caia no esquecimento, como tudo parece concorrer para que isso aconteça...


AMNÉSIA



AMNÉSIA









Quem se lembra dos ecos da tormenta

que rebentava sobre os nossos ombros

quando a nossa vontade, feita escombros,

se esbatia na tarde pardacenta?



Quem recorda as palavras de água benta

com que nos embalavam? Ou os biombos

levantados para encobrir os rombos

feitos na vida esquálida e cinzenta?



Desliza o tempo como um grande rio

em que se afoga a mágoa, triste e lerda,

deixando em nós um âmago vazio.



Viajar ao passado é pura perda

porque algemas e monstros e o arrepio

– tudo se varre da memória... Merda!



8/7/2009



Carlos Domingos

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