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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

As crianças




“Atrás dos muros altos com garrafas partidas bem
para trás das grades do silêncio imposto.
As crianças de olhos de espanto e de medo
transidas. As crianças vendidas, alugadas,
perseguidas, olham os poetas com lágrimas nos
rostos.
Olham os poetas as crianças das vielas, mas não
pedem cançonetas nem pedem baladas, o que elas
pedem é que gritemos por elas.
As crianças sem livros, sem ternura, sem janelas.
As crianças dos versos que são como pedradas.”

Sidónio Muralha, Os olhos das crianças

este poema de Sidónio Muralha a Nádia disse-o aqui por Paris no movimento associativo quando tinha 8/9anos, nessa mesma época fazia Rádio com programa para crianças no Radio Clube Português de Villejuif - Portugal FM
porque tão menina era, não posso de deixar de saudar a sua sensibilidade solidária que até hoje nunca desmentiu, num altissonante espírito de justiça social
e para que os três sorrisos patuscos dessas fotografias acima



possam vir a ser o presente de cada criança
a palavra em luta é o caminho!!

Marilia Gonçalves

1 comentário:

  1. trigo ao vento
    Do pão da minha fome

    Ondula o pensamento

    No olhar da criança que não come

    O mundo anda esquecido da razão

    Que grita bocas de repartir

    De que nos serve o coração

    Se o não queremos ouvir

    A criança meu irmão é um tesoiro

    De luz universal

    De que nos serve o oiro

    Se olhar da infância

    Não brilha natural

    Que mundo preparamos ao futuro

    Se a criança é semente

    Que a vida fará florescer

    Diferente ou indiferente.



    Segundo o que aprender,

    se nosso exemplo d’ egoísmo

    lhe mostra sombra, escuridão

    donde esperar que surja a branca pomba

    com olivais na mão?



    Marília Gonçalves

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